O objetivo deste trabalho é identificar e analisar, mediante uma abordagem exploratória de base quantitativa, dados da inserção dos serviços de correção de redação no mercado de trabalho. Para tanto, produzi hipóteses para o contexto profissional contemporâneo dos(as) corretores(as) de redação, me pautando por indicativos teórico-analíticos da precarização do trabalho docente no Brasil. A análise dos dados indica que (a) o espaço profissional da correção de redação não possui, necessariamente, o curso de Letras como único ponto de partida; (b) destaca a diversidade de vínculos de trabalho para além do celetista (que, no caso de professores(as), ainda é uma tendência); (c) a multiplicação de plataformas de trabalho, além de significativa diversidade de serviços oferecidos; (d) o crescente interesse pelos saberes da “redação de vestibular”, visível na busca por materiais online, ou, ainda, pelo expressivo número de profissionais autônomos presentes em sites de redes sociais. Neste percurso investigativo foram identificados diversos vínculos e condições laborais, os quais estão, em sua maioria, associados à flexibilização das relações de trabalho e a ausência de reconhecimento mútuo entre corretores(as), de modo que estes profissionais sejam vistos como trabalhadores de “vida secreta”.