Os professores alfabetizadores desempenham papel indispensável no processo de alfabetização das crianças, possibilitando que essas tenham acesso aos conhecimentos historicamente constituídos pela sociedade. Na pandemia, os professores alfabetizadores enfrentaram vários desafios de ordem formativa, pedagógica e tecnológica, além da falta de apoio dos municípios, que causaram prejuízos no processo da alfabetização no ensino remoto. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é conhecer os desafios enfrentados pelos professores alfabetizadores de alguns municípios do estado do Pará, do Ceará e do Maranhão, no processo de alfabetização no Ensino Remoto Emergecial durante os anos de 2020 e 2021, período mais marcante da pandemia. Trata-se de um estudo fundamentado no Materialismo Histórico Diáletico - MHD e na Pedagogia Histórico-Crítica - PHC, realizado com 06 (seis) professoras alfabetizadoras selecionadas de uma amostra maior, sendo 02 (duas) do município de São Luís, no Maranhão; 02 (duas) de Fortaleza, no Ceará; e 02 professores de Bragança, no Pará, que responderam a um questionário on-line (Google Forms) contendo perguntas abertas e fechadas. A pesquisa evidenciou que as professoras foram açodadas pelo teletrabalho, para realizar transposição didática dos conteúdos de suas etapas de ensino, e que as atividades escolares de alfabetização no decurso do Ensino Remoto Emergencial trouxeram implicações pedagógicas que comprometeram a execução dos objetivos escolares. Além disso, essas profissionais denunciaram que as formações continuadas ofertadas pelos municípios não contribuíram no enfrentamento do desafio do tele-ensino ofertado às crianças.