A pandemia covid-19 afetou a vida humana em 2020 e para conter a disseminação do vírus, as principais medidas de proteção foram o isolamento/distanciamento social, adoção do uso de máscaras faciais, a constante higienização das mãos, braços, objetos, produtos e em ambientes físicos. Assim, as atividades presenciais das instituições precisaram ser paralisadas, dentre elas, destacam-se as escolas e universidades. Por conta do elevado número de mortes humanas pela covid-19, a ausência de uma vacina que combatesse a doença, o Conselho Nacional de Educação do Brasil aprovou a adesão do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para o retorno das aulas nas instituições educacionais públicas e privadas. Após início do ERE na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), o grupo de pesquisa Geo(bio)grafar realizou encontros on-line, compartilhando as experiências do vivido na pandemia. Este estudo baseou-se na pesquisa qualitativa, ancorada no método (auto)biográfico e utilizou-se os relatos orais e as cartas narrativas de duas professoras da educação superior. As professoras ressaltaram a ruptura da rotina, as dores, tensões, medos, angústias e suas consequências na vida cotidiana, além de estratégias de enfrentamento em sua rotina laboral, durante o ERE, assinalando reflexões, inquietações e repercussões no “novo” cotidiano da vida e do trabalho docente.