Este texto apresenta resultados de uma pesquisa sobre a trajetória de cotistas em um curso de Pedagogia na Universidade Federal do Pará e, discute como construíram/desenvolveram suas trajetórias escolares, além de refletir sobre um conjunto de disposições sociais que elas manifestaram durante a sua escolarização básica, marcada sobretudo pelo curso de escolas públicas em regiões periféricas da região metropolitana de Belém e do interior da Amazônia paraense. A questão central da pesquisa foi entender a implementação da política de cotas pela ótica de um dos grupos nela envolvidos, que neste caso é o de cotistas oriundas de escolas públicas, com renda de até um salário mínimo e meio, auto identificadas como pretas ou pardas. O objetivo foi analisar as disposições de estudantes de classes populares para concluir suas escolarizações básicas e ingressar no ensino superior, tomando para isso a discussão sobre suas trajetórias escolares e de socialização/formação familiar para compreender uma parte de suas ações para garantir a manutenção e o sucesso durante a escolarização.