O artigo apresenta o histórico do atendimento a pessoas com surdocegueira no Brasil destacando a contribuição do Instituto Benjamin Constant na formação de professores para atuação nessa área, tendo como objetivo assinalar a lacuna existente na formação desses profissionais. O artigo se baseia em depoimentos de professores e gestores da área de Educação coletados a partir de 2011, tendo como questões norteadoras: Quais as competências necessárias para o professor que atende pessoas com deficiências sensoriais? Quais as atribuições do professor da sala de aula regular diante de um aluno com deficiência múltipla sensorial ou surdocegueira? O que falta nos cursos de formação continuada na área da surdocegueira para que os professores se sintam melhor habilitados a atender esse alunos? Autores, como Cader-Nascimento, Maia, Cambruzzi, Falkoski, Masini, Ikonomidis, na área da surdocegueira; Freire e Nóvoa, no campo da formação de professores são alguns dos nomes que referenciam a pesquisa que aponta em seus resultados os principais desafios desta formação e alerta para a importância e premência de um currículo básico para a capacitação do professor que está diretamente envolvido com o processo educacional da pessoa com surdocegueira e/ou deficiência múltipla sensorial.