Esse ensaio traz algumas contradições do planejado e o acolhido dentro de um processo educativo sobre a educação das relações étnico-raciais no Brasil. Dispositivos são ferramentas para criar possibilidades de reflexão ou ação. Utilizamos o álbum de família como dispositivo antirracista na educação como forma possibilidade de visibilizar o tema no processo de formação de professores. Ao buscarmos embasamento teórico, vimos que as autorias sobre fotografia eram predominantemente de pessoas brancas, o que demonstra a função sociológica da fotografia, e por consequência dos álbuns, na sociedade. A troca do objetivo, que antes vinculava-se a professoras pretas, estatisticamente em número pequeno, alarga-se para envolver a formação de professores com intuito de proporcionar, efetivamente, uma educação antirracista. Veremos um breve histórico da fotografia e como foi construída para servir os desejos de uma sociedade burguesa. Na sequência a inspiração para a pesquisa, assim como a proposta de caminhos metodológicos e resultados planejados e readequados. Pois, enquanto buscamos professoras negras para revisitar seus álbuns de família, percebemos a necessidade de trabalhar as ausências.