Eje 6: Formación y trabajo docente para la educación inclusiva, etnoeducativa, intercultural y movimientos migratorios

Universitários com deficiência na educação superior e a pandemia de COVID-19: o direito à educação em cheque

  • FREDERICO FUMES, Neiza de Lourdes (UFAL)
  • OLIVEIRA DE AMORIM, Rosiane (UFAL)
  • DA CUNHA SILVA, Samara Louise (UFAL)
  • MATOS FERREIRA, Raíssa (UFAL)
  • DE MOURA, Phelipe Lins (UFAL)
  • QUITÉRIA DA SILVA, Maria (UFAL)
Resumen

Consideramos que é sempre importante retomar que o acesso à educação superior no Brasil durante a maior parte de sua história foi um direito exclusivo às elites do país e, por conta disso, é ainda fundamental a proposição de políticas para modificar este cenário. No entanto, não são suficientes a proposição de ações para a expansão do acesso. É também necessário garantir a qualidade do ensino e a permanência dos alunos que historicamente foram excluídos deste contexto, como ainda romper com certas distorções históricas – concentração de instituições superiores em grandes centros urbanos, universidades públicas de difícil acesso às classes populares, cursos superiores quase exclusivos para as elites e outros para os trabalhadores, entre outras. E, este é ainda um longo caminho a ser percorrido, o qual passou por graves retrocessos nos governos de Michel Temer (2016-2019) e Jair Bolsonaro (2019-2023). Mais especificamente, no governo de Bolsonaro, as universidades federais públicas sofreram fortemente com o desfinanciamento constante e muitas delas chegaram ao eminente fechamento de suas atividades, como ainda a proposição do Future-se que previa a abertura das universidades públicas para as parcerias público-privadas e mercantilizando suas atividades para os interesses do capital. Não se pode deixar de falar que toda a educação brasileira sofreu muito com a gestão desastrosa da pandemia de COVID-19 pelo então governo bolsonarista. Segundo dados compilados pela Abrasco (2023), até 2 de novembro de 2023, foram confirmados 37 milhões de casos e 706.808 óbitos atribuídos à COVID-19 no país, o que levou a uma diminuição da expectativa de vida para a população brasileira. Para a pessoa com deficiência, apesar dos apelos dos organismos internacionais, houve o apagamento de suas necessidades durante o período pandêmico e sua invisibilização, inclusive no campo educacional (Fumes & Carmo, 2021). A retomada de um discurso segregacionista, capacitista e eugênico pelo Ministério da Educação naturalizou a exclusão do público-alvo da Educação Especial dos espaços educacionais durante a pandemia.
Na Educação Superior não foi diferente!!!

Para discutir mais sobre esta situação, propomos a apresentação de uma série de pesquisas (Amorim, 2023; Moura, Silva & Fumes, 2022; Silva, 2022, Silva, Ferreira & Fumes, 2023) realizadas pelo Núcleo de Estudos em Educação e Diversidade (NEEDI) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL/Brasil), durante o período pandêmico em uma universidade pública federal. Destacamos que a pesquisa matricial foi aprovada pelo Comitê de Ética na Pesquisa com Seres Humanos da universidade.
Estas pesquisas procuram apreender a dimensão subjetiva do processo de inclusão de universitários com deficiência no período de isolamento social decorrente a COVID-19.