Utilização da LIBRAS e de ferramentas digitais no ensino inclusivo da licenciatura em física
- GOMES NASCIMENTO, José Davi (IFAL – Piranhas)
- DA SILVA ALVES, Eli (IFAL – Piranhas)
- BARBOSA DA SILVA, Maria Juliana (IFAL – Piranhas)
- BARBOSA DE OLIVEIRA, Izabel Cristina (IFAL – Piranhas)
Os alunos surdos no ensino médio encontram várias barreiras que dificultam seu processo de aprendizagem, entre elas a precária formação de professores em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) levando em conta que a educação superior como conhecemos hoje é muito nova, levando em conta o tempo para a ocorrência de mudanças históricas além da falta de materiais didáticos específicos que é algo recorrente, tornando mais difícil a aprendizagem dos conceitos próprios da física (SILVA e KAWAMURA, 2013). A necessidade de se trabalhar a inclusão de alunos com deficiência auditiva ou surdos deve ser algo presente nas escolas, mas ainda é algo que não recebe a devida atenção nos cursos de Licenciaturas, embora seja mais aceito nos cursos de humanas, o ensino de LIBRAS ainda é visto com certo preconceito nos cursos de exata. O futuro professor entra no curso de licenciatura carregado de saberes, pré-concepções e opiniões formadas esse cabedal empírico e teórico é fundamental para a construção do docente, o curso tem com dever abrir o leque de conhecimento dos licenciandos e prepará-los para ensinar todos os públicos, Tardif (2010, p. 11) o saber dos professores, está relacionado com a pessoa e a identidade, com a experiência de vida e com a história profissional. Segundo Aranha (2004) a escola inclusiva é aquela que garante qualidade de ensino a todos os seus alunos, Bolzan (2017) relata que para essa forma de ensino o uso de novas ferramentas é indispensável, como softwares educacionais e simuladores, são de grande auxílio no processo de aprendizagem desse público, além disso a utilização de músicas tem se mostrado muito eficiente em aulas de LIBRAS, por despertar e motivar os estudantes a buscarem mais por essa área de conhecimento, é possível com o aproveitamento de uma diversidade de recursos pedagógicos trazer para dentro de uma sala de aula a possibilidade de um ensino lúdico e de qualidade. As aulas experimentais podem desenvolver um papel fundamental no ensino de surdos. De acordo com Rautenberg (2017) existe uma distância complexa entre a existência de infinitos termos físicos e seus sinais correspondentes em Libras, essa disparidade é algo recorrente nas aulas. Ainda existe uma distinta relação entre a LIBRAS e as matérias de exatas muito se deve pela a existências de "bolas" que ainda fazem uma dicotomia entre as matérias de humanas e exatas; essas "bolas" dificultam a divulgação e unificação entre as áreas, essa oposição entre as Duas Culturas faz com que a humanidade tenha um prejuízo significativo (SNOW, p.36-37, 2015). A criação de ferramentas didáticas digitais de ensino de física para o público surdo é algo ainda pouco trabalhado nas escolas e até mesmo nas graduações, sendo uma barreira na aprendizagem destes estudantes e dificultando a ministração das aulas, tais barreiras necessitam de maior atenção. Dessa forma este trabalho tem por objetivos: compreender a formação de professores nos cursos de física para a educação inclusiva; analisar ferramentas digitais que auxiliam no ensino de física para alunos com deficiência auditiva ou surdez; pesquisar e identificar os léxicos da disciplina de física que não possuem sinais correspondentes em Libras.