Este estudo analisa a formação docente ERE (Ensino Remoto Emergencial) durante a pandemia de covid-19 no Brasil. Apresenta resultados parciais de uma pesquisa de doutorado em educação, que está sendo desenvolvida com o objetivo de investigar a relação professor-aluno na educação básica a partir da percepção dos professores. Como procedimentos metodológicos, optou-se pela realização de entrevistas narrativas e rodas de conversa com 15 professoras de três escolas do ensino fundamental I localizadas na cidade de Mariana, Minas Gerais, Brasil (uma municipal, uma estadual e uma particular). A pesquisa destacou os desdobramentos do ERE sobre a formação docente, os quais demandaram a aquisição de novos saberes, sobretudo, relacionados à utilização pedagógica das TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação). Entre esses novos saberes, salientam-se o planejamento e a realização de videoaulas, a gravação de vídeos pedagógicos, a utilização de aplicativos, programas e recursos audiovisuais, bem como o atendimento virtual aos alunos e suas famílias. Diante das lacunas da formação inicial e continuada, os dados revelam o compromisso das professoras em busca de sua autoformação digital por meio do acesso a tutoriais disponíveis na internet, das lives, das redes sociais e da socialização entre pares.